segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Relatório sobre apagão dirá se Chesf sera multada

Do JC OnlineCom informações de agências
A causa do apagão que atingiu a Região Nordeste na última sexta-feira, deixando sete estados sem energia elétrica por mais de quatro horas, foi uma falha no cartão de proteção da subestação Luiz Gonzaga, em Jatobá, cidade do interior de Pernambuco. A confirmação foi dada pelo  secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, nesta segunda-feira (7). Zimmermann ressaltou, porém, que o problema não foi causado por falta de manutenção do equipamento. "Efetivamente, houve um defeito na proteção, mas a manutenção deste cartão estava rigorosamente em dia; temos documentos da empresa (Chesf) que comprovam isso", disse. 

Nesta segunda, foi realizada uma reunião, em Brasília, do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico, na sede do MME. Além do ministro Edson Lobão e diretores do ministério, participaram representantes da Eletrobrás, ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), Ana (Agência Nacional de Águas) e Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco). 

Segundo Márcio Zimmermann, a última manutenção do cartão de proteção foi feita em outubro de 2010 e, neste tipo de equipamento, a manutenção preventiva é feita a cada quatro anos, em média. "Quando ocorre algo quando você está com a manutenção em dia, tem que fazer uma investigação para saber o porquê da falha", acrescentou.

Ainda de acordo com Zimmermann, na última sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, determinou que técnicos do ministério fossem para a região da subestação para investigar as causas do problema e, paralelo a isso, o (ONS) está elaborando um relatório de análise de perturbação. "Quanto à origem, foi o problema do cartão. Agora vamos analisar a sequência do desligamento e o prazo de restabelecimento (do sistema na região afetada)."

Questionado se o fato de a manutenção do cartão estar em dia abonaria a aplicação de multa para a Chesf, Zimmermann explicou que isso cabe à fiscalização por parte da Aneel. "Depende de análise da Aneel", afirmou.

O diretor-presidente da Chesf, Dilton da Conti, afirmou que também espera o relatório para se pronunciar. "Depois do relatório, teremos um retrato fiel da ocorrência". Com relação a prazos, Dilton não soube precisar em quanto tempo o documento ficará pronto. "Nosso interesse (Chesf), como também da ONS, é que seja o mais breve possível, mas como se trata de tecnologia, não temos como precisar", explicou.

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