Mundo não consegue produzir
número necessário de camisinhas
Produção deve chegar a 42 bilhões ante os 15 bilhões atuais
Centrada no acesso da população a medicamentos para controlar o vírus HIV,
a luta contra a Aids enfrenta agora outro desafio: a incapacidade mundial de
produzir a quantidade necessária de preservativos, afirma o representante da Unaids
(Programa das Nações Unidas para Aids), Pedro Chequer.
- Não há camisinhas para todos.
Pelos cálculos da Unaids, se metade da população de 15 a 49 anos usasse camisinha uma
vez por semana, seriam necessários 42,250 bilhões de preservativos por ano -
quantia 2,7 vezes maior do que a produção mundial, de 15,35 bilhões anuais.
- É uma discussão que não podemos mais adiar.
A dificuldade de governos para aquisição do produto já começa a ser sentida.
A dificuldade de governos para aquisição do produto já começa a ser sentida.
Quando licitações envolvem grande quantidade de preservativos,
há um número menor de empresas capacitadas para a disputa.
O diretor da unidade de prevenção do Ministério da Saúde, Ivo Brito, afirma que o
Brasil não enfrenta problemas para aquisição. Mas conta que o governo recusou
a venda para países vizinhos interessados em comprar preservativos produzidos em Xapuri,
no Acre.
A fábrica de Xapuri, embora considerada um marco, está longe de atender
A fábrica de Xapuri, embora considerada um marco, está longe de atender
às necessidades do país. A unidade usa como matéria-prima borracha fornecida por
seringueiros do Acre.O problema é que, com elevação da procura e queda da oferta, a camisinha poderá ficar mais cara.
- Já é hora de se investir em fábricas no mundo. Uma eventual dificuldade
de acesso poderia colocar em risco todo trabalho de convencimento para uso de preservativos.
- Esse formato não permite aumentar muito a escala da produção. Atualmente, a unidade fabrica 100 milhões de unidades por ano. Há potencial para que essa quantidade seja duplicada. O problema é que, com elevação da procura e queda da oferta,
a camisinha poderá ficar mais cara.
- Já é hora de se investir em fábricas no mundo. Uma eventual dificuldade de acesso poderia
colocar em risco todo trabalho de convencimento para uso de preservativos.
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