terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Verão aumenta a incidência de parasitas em animais de estimação

Época do ano propicia a infestação de carrapatos, mosquitos e pulgas, especialmente em casas de veraneio, que nas férias, recebem toda a família e os pets
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Foto: Divulgação

Da Redação do Portal +AB
 
Com o aumento da temperatura e a aproximação do verão é preciso redobrar os cuidados dispensados aos animais de estimação. Nesta época do ano, é comum que as famílias em férias migrem para casas de veraneio no litoral e campo, que muitas vezes, permaneceram fechadas ao longo do ano, sendo este cenário propício para o surgimento de parasitas como pulgas, carrapatos e mosquitos.
A infestação do animal pode ser evitada quando o proprietário atenta para fatores que favorecem a proliferação das parasitas. No caso das pulgas, deve-se dar uma atenção especial para o local em que o animal dorme, pois é ali que se concentra a maior parte dos ovos, larvas e pupas, estágios inferiores desses parasitas. “Uma vez no ambiente, os ovos podem permanecer no local por até um ano”, afirma Patrícia Ferrante de Almeida, médica veterinária com especialização em Dermatologia na Universidade de São Paulo (USP). Além de trazer incômodos como alergias e coceiras, estes parasitas também podem transmitir doenças graves aos animais e seres humanos. Cães e gatos afetados por pulgas podem contrair o dipylidium caninum, parasita que ataca o intestino e causa diarreia, com consequente perda de peso. Ambos também podem ter processos alérgenos desencadeados como a dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP), além de anemia e estresse.
Em se tratando de carrapatos, é importante serem observados lugares que são mais favoráveis ao surgimento da parasita como batentes de porta e janela, rodapés, embaixo de móveis e de cama, frestas, muros e paredes. Os carrapatos causam doenças como a erliquiose, a babesiose e a hepatozoonose, patologias que, quando não tratadas, atacam os glóbulos vermelhos e brancos e podem levar à morte. “As pulgas e carrapatos não são meros parasitas transitando pelo corpo do animal, todo proprietário precisa realizar o tratamento preventivo mensal em cães e gatos e, em caso de infestação, deve utilizar produtos adequados até eliminar totalmente o problema, evitando assim consequências mais graves”, comenta a Dra. Patrícia.
E a prevenção também é a melhor alternativa para evitar a infecção do cão com a leishmaniose, uma doença que pode levar à morte do animal, sendo transmitida por mosquitos contaminados pelo protozoário Leishmania s.p.. O mosquito transmissor pode ser encontrado em ambientes ao ar livre, como campo, litoral e parques, desta forma, é imprescindível prevenir o animal contra esta contaminação, mesmo em regiões em que não há relatos da doença.
Em animais contaminados por pulgas, é importante que o proprietário faça um tratamento integrado, observando também a limpeza do local. “Qualquer espaço que tenha a presença de larvas propicia a reinfestação do animal, por não ter sido realizado um controle ambiental adequado, por isso também é muito importante que o proprietário atente para esta necessidade”, afirma a Dra. Patrícia. Em um mês, dez pulgas depositam mais de 15 mil ovos na casa, sendo que em condições ideais de temperatura e umidade, as pupas (casulos) eclodem entre oito e dez dias, e as pulgas jovens saem à procura dos animais. 

Dicas para livrar-se das parasitas
- Faça um tratamento preventivo em cães e gatos. Quando usados mensalmente, os produtos previnem contra a infestação de parasitas no animal e no ambiente.
- Utilize uma linha de tratamento específica para aplicação em animais e no ambiente, composta por produtos adequados e seguros, além de atentar para a limpeza de cada lugar habitado pelo pet.
- Observe as indicações de uso e as instruções que constam na embalagem de cada produto direcionado ao tratamento do animal e do ambiente.
- Prossiga com o tratamento até a eliminação total das parasitas. Caso o tratamento não traga o efeito esperado, consulte um médico veterinário para receber orientações adequadas.

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