quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vaticano reconhece milagre e beatificação de Irmã Dulce

Publicado em 27.10.2010

Do JC Online
O Vaticano reconheceu nesta quarta-feira (27) um milagre atribuido à Irmã Dulce - a freira baiana Dulce Lopes Pontes. Com isso, o último passo do processo de beatificação da religiosa foi concluído e em dezembro o Papa Bento XVI deve assinar o decreto oficializando a concessão do título de Beata ou Bem-aventurada à brasileira, passará a se chamar “Bem-aventurada Dulce dos Pobres".

A graça validada pela Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano ocorreu em 2001, em uma cidade do interior do Nordeste. Uma mulher estava com um grave caso de hemorragia após ter dado à luz. Em depoimento os médicos confirmaram que ela havia passado por três cirurgias e o sangramento não dava sinais de parar. Os fiéis afirmam que, no mesmo momento em que um grupo de orações pedia a intercessão de Irmã Dulce em favor da doente, a hemorragia estancou sozinha. A identidade da paciente e o local do milagre só poderão ser revelados um mês antes da cerimônia de beatificação.

Segundo a instituição Obras Sociais Irmã Dulce, localizada em Salvador, o Vaticano, para a autenticar do milagre, realiza três etapas de avaliação: uma reunião com peritos médicos, que dão o aval científico, outra com teólogos, e por fim um colégio de cardeais dá o veredicto. Em todas as etapas o reconhecimento da autenticidade deve ser unânime.

A cerimônia de beatificação está programada para o primeiro semestre de 2011, no Parque de Exposições de Salvador. Para a canonização, outro milagre com a intercessão do Beato deve ocorrer.

Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador. Em 1933, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). Durante sua vida ela notabilizou-se pelo trabalho com doentes de comunidades carentes e também com operários. A tradição popular diz que a Irmã construiu o maior hospital da Bahia a partir de uma galinheiro onde ela atendia os enfermos. Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio.

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